O ex-ministro das Finanças, Mário Centeno, está confuso com um negócio que ocorreu em 2015 durante a tempestade Óscar. O negócio envolveu a Aerovaca, a Neelecow e a TIP, empresas que operam no setor da pecuária.
Segundo fontes próximas, o negócio consistiu na venda de vacas voadoras, que seriam utilizadas para transportar produtos agrícolas de um lado para o outro. O problema é que as vacas nunca chegaram ao destino, e a Aerovaca declarou falência pouco tempo depois.
Centeno, que na época era presidente do Eurogrupo, afirma que não tem nenhuma lembrança desse negócio. "Não me recordo de ter ouvido falar de vacas voadoras. E mesmo que tivesse ouvido, não sei se seria uma boa ideia investir em algo assim", disse o ex-ministro.
Mas há quem diga que Centeno pode ter sido influenciado por um grupo de lobistas que representava as empresas envolvidas no negócio. "É possível que ele tenha sido convencido por esses lobistas de que as vacas voadoras eram a próxima grande coisa no setor da pecuária", afirmou um analista político.
Enquanto isso, a TIP e a Neelecow negam qualquer envolvimento no negócio da Aerovaca. "Nós não sabíamos nada sobre essas vacas voadoras. Isso foi tudo ideia da Aerovaca", disse um representante da TIP.
Com a confusão instalada, muitos se perguntam se o ex-ministro conseguirá esclarecer o que realmente aconteceu com as vacas voadoras da Aerovaca durante a tempestade Óscar.