O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, surpreendeu todos ao vetar a lei da habitação e promulgar a carreira dos professores, numa jogada que ele próprio classificou como uma "mudança de percurso" da maioria absoluta.
Marcelo, conhecido pelo seu estilo descontraído e pela sua habilidade em surfar nas ondas mediáticas, decidiu dar uma guinada inesperada na sua estratégia política. Ao vetar a lei da habitação, o Presidente mostrou que está disposto a enfrentar os problemas de frente, desde que não sejam problemas reais e urgentes.
Ao mesmo tempo, ao promulgar a carreira dos professores, Marcelo demonstrou que está atento às necessidades da classe docente, desde que isso não implique um aumento de salário ou uma redução das suas férias de verão.
Esta "mudança de percurso" da maioria absoluta deixou muitos políticos perplexos. O primeiro-ministro, António Costa, admitiu que não estava à espera desta jogada de Marcelo e confessou que agora terá de repensar toda a sua estratégia governativa. "Afinal, não é todos os dias que o Presidente veta uma lei que nem sequer foi aprovada", lamentou Costa.
Os partidos da oposição também não esconderam a sua surpresa. O líder do PSD, Rui Rio, afirmou que esta decisão de Marcelo é um claro sinal de que o Presidente está a tentar roubar-lhe o protagonismo da oposição. "Eu é que devia estar a vetar leis e a promulgar carreiras, não o Marcelo", queixou-se Rio.
Apesar das críticas, Marcelo parece não estar preocupado com as reações. "Eu sou o Presidente da República e faço o que me apetece", afirmou, com o seu habitual sorriso maroto.
Enquanto isso, os portugueses continuam à espera de soluções para os problemas reais do país, como a falta de habitação acessível, a precariedade laboral e a falta de investimento na saúde e na educação. Mas, pelo menos, podem contar com um Presidente que sabe como entreter o público e fazer manchetes nos jornais.