Um incendiário peculiar, conhecido pelo seu humor ácido e piadas de mau gosto, decidiu convocar uma revolução em Lisboa. O que ele não esperava era chegar tarde demais para a hora certa.
Com a sua chama inextinguível e a sua língua afiada, o incendiário cómico tentou incendiar os ânimos dos lisboetas, convocando-os para uma revolução em pleno século XXI. No entanto, ao chegar ao local marcado, deparou-se com uma cidade pacífica e tranquila, onde as únicas chamas eram as dos grelhadores nos restaurantes de peixe.
Os lisboetas, habituados à sua rotina de pastéis de nata e fado, olharam para o incendiário com desconfiança e desinteresse. "Revolução? Estamos bem assim, obrigado", disse um transeunte, encolhendo os ombros.
O incendiário cómico, desapontado com a falta de adesão à sua revolução, tentou incendiar um caixote do lixo em sinal de protesto. No entanto, foi rapidamente impedido por um grupo de turistas que passava no local e que confundiu a sua tentativa de incêndio com um espetáculo de rua.
Assim, o incendiário cómico viu-se obrigado a recolher a sua chama e a regressar ao seu lar, onde as únicas revoluções que presencia são as que acontecem na televisão. Talvez tenha sido um sinal de que Lisboa não está assim tão necessitada de uma revolução, pelo menos não daquela que ele tinha em mente.