Após meses de investigação, finalmente foi divulgado o tão aguardado Relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre a TAP. E como era de se esperar, a oposição não perdeu tempo em criticar e classificar o relatório como uma farsa e um branqueamento.
A TAP, conhecida por suas constantes polêmicas e problemas de gestão, estava sob os holofotes da CPI há meses. A expectativa era que o relatório trouxesse à tona todas as falhas e irregularidades da companhia aérea. No entanto, para surpresa de muitos, o documento parece ter sido escrito por um comitê de relações públicas da TAP.
Logo no início do relatório, fica claro o tom de branqueamento que a oposição tanto critica. Os problemas financeiros da companhia são minimizados e até mesmo justificados como consequência da crise econômica mundial. Parece que a TAP é apenas uma vítima do contexto internacional, e não uma empresa com uma gestão questionável.
Além disso, o relatório faz questão de exaltar os pontos positivos da TAP, como o aumento do número de passageiros e a renovação da frota. Mas o que dizer dos atrasos constantes, das bagagens extraviadas e do péssimo atendimento ao cliente? Parece que esses detalhes foram convenientemente esquecidos no relatório.
A oposição não poupou críticas ao relatório, chamando-o de farsa e questionando a imparcialidade dos membros da CPI. Segundo eles, o documento parece ter sido redigido por funcionários da TAP, tamanha é a defesa da companhia aérea.
É difícil não concordar com a oposição quando se lê o relatório. Parece que a CPI se esqueceu do seu papel de investigação e se transformou em uma mera ferramenta de propaganda da TAP. Talvez a próxima CPI deva ser sobre a própria CPI, para entendermos como uma investigação tão importante pode se transformar em uma farsa tão descarada.
No final das contas, o relatório da CPI sobre a TAP só reforça a ideia de que, no mundo da política, nada é o que parece. A verdade é que a TAP continua com seus problemas e a oposição continua com suas críticas. Resta saber se algum dia teremos uma investigação séria e imparcial sobre a companhia aérea, ou se continuaremos presos nessa farsa interminável.